segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Felicidade Realista



A princípio, bastaria ter saúde, dinheiro e amor, o que já é um pacote louvável, mas nossos desejos são ainda mais complexos.
Não basta que a gente esteja sem febre: queremos, além de saúde, ser magérrimos, sarados, irresistíveis.
Dinheiro? Não basta termos para pagar o aluguel, a comida e o cinema: queremos a piscina olímpica e uma temporada num spa cinco estrelas.
E quanto ao amor? Ah, o amor.. não basta termos alguém com quem podemos conversar, dividir uma pizza e fazer sexo de vez em quando. Isso é pensar pequeno: queremos AMOR, todinho maiúsculo. Queremos estar visceralmente apaixonados, queremos ser surpreendidos por declarações e presentes inesperados, queremos jantar à luz de velas de segunda a domingo, queremos sexo selvagem e diário, queremos ser felizes assim e não de outro jeito. É o que dá ver tanta televisão.
Simplesmente esquecemos de tentar ser felizes de uma forma mais realista.
Ter um parceiro constante, pode ou não, ser sinônimo de felicidade.
Você pode ser feliz solteiro, feliz com uns romances ocasionais, feliz com um parceiro, feliz sem nenhum. Não existe amor minúsculo, principalmente quando se trata de amor-próprio.
Dinheiro é uma benção. Quem tem, precisa aproveitá-lo, gastá-lo, usufruí-lo.
Não perder tempo juntando, juntando, juntando. Apenas o suficiente para se sentir seguro, mas não aprisionado.
E se a gente tem pouco, é com este pouco que vai tentar segurar a onda, buscando coisas que saiam de graça, como um pouco de humor, um pouco de fé e um pouco de criatividade.
Ser feliz de uma forma realista é fazer o possível e aceitar o improvável.
Fazer exercícios sem almejar passarelas, trabalhar sem almejar o estrelato, amar sem almejar o eterno.
Olhe para o relógio: hora de acordar. É importante pensar-se ao extremo, buscar lá dentro o que nos mobiliza, instiga e conduz mas sem exigir-se desumanamente.
A vida não é um jogo onde só quem testa seus limites é que leva o prêmio.
Não sejamos vítimas ingênuas desta tal competitividade.
Se a meta está alta demais, reduza-a.
Se você não está de acordo com as regras, demita-se.
Invente seu próprio jogo.
Faça o que for necessário para ser feliz.
Mas não se esqueça de que a felicidade é um sentimento simples, você pode encontrá-la e deixá-la ir embora por não perceber sua simplicidade. Ela transmite paz e não sentimentos fortes, que nos atormenta e provoca inquietude no nosso coração.
Isso pode ser alegria, paixão, entusiasmo, mas não felicidade...

Agora pasmem, sempre achei que este texto fosse da autoria de Mario Quintana e que nada, a autora é Martha Medeiros. Creio que a obra mais conhecida dela seja o "Divã" (2002) - Romance que origem a uma peça, a um filme e série de TV, todos estrelados pela a atriz Lilia Cabral, no papel de Mercedes (o qual eu super recomendo, é muito bom ri horrores assistindo o filme e alguns episodios da serie).
Bom pelo menos foi isso que acabei de ler na net, será real isso?
O que posso dizer é, que independente de quem seja o autor, a obra é maravilhosa e estes dois autores, melhores ainda.
E vamos ser felizes, é o que tem para hoje... e sempre!!

3 comentários:

  1. É verdade, por que a gente insiste em não ser feliz com o que temos na busca louca pelo que, até mesmo, jamais conseguiremos? ô bicho estranho é o ser humano!kkkk

    Bjs! Também amei o filme com a Lília Cabral.

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  2. Dani
    Muito bem lembrado e pertinente esse post nos lembrando que nunca estamos saciados.
    Mario Quintana ou Marta Medeiros (adoro a ambos) sabem das coisas.
    bj grande
    yvone

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  3. Dani,

    Este texto é realidade pura!
    Interessante ,outro dia estava comentando com meu marido, que nas novelas globais , o mocinho(a), só tem direito a ser feliz na visão capitalista deles , se ganhar na loteria, ou aparecer um pai rico.
    Na novela Morde e Assopra,Guilherme se redimiu ,mas não foi o bastante ,só casou com a mocinha,depois que o pai rico apareceu e ele virou dono de hotel.
    Jesuíno, no final da novela, virou descendente de nobre,portanto rei(bem fantasioso e improvável).
    E agora mais recentemente Pereirão, para provavelmente ficar com o marido da Dondoca, já virou new rich,foi providenciado um prêmio de 50 milhões na loteria.... se ficasse a escrever citaria muitos outros exemplos.E os jovens a verem tudo isto,e a ficarem perdendo a poesia e o sonho ( que era tão intensa quando tinha meus 15,16 anos),a exigirem perfeição deles próprios e de namorados(as).
    Como exemplo na vida real e palpável, outro dia vi duas meninas de 15 anos conversando,uma delas dizia e a outra confirmava que para namorar com elas era preciso o karatê,pensei se tratar de artes marcias, depois disseram com firmeza: o cara ter apartamento com cobertura, o cara ter piscina, o cara ter carro importado.Vixeee, tão novinhas, cadê o Amor, o romantismo,o pensamento de os dois juntos conseguirem uma profissão que gostem,e que os faça ter uma vida normal,e serem felizes de verdade??
    Me alonguei demais flor, mas sou assim mesmo, quando começo a escrever ,(e a falar também)e o assunto é interessante como o seu, meus blás são longos e intensos.
    Beijos ,obrigada pela visita e um bom feriadão para você e a sua família!

    www.mundodosabor.blogspot.com

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